O ano de 2020 vai ficar registado nos livros de História. A pandemia do Covid-19 afetou diretamente o nosso quotidiano, levando a população a adotar novos comportamentos de trabalho, consumo e de lazer. Como consequência disso, muitos negócios tiveram de se reinventar e adotar estratégias direcionadas para o meio digital, caso da publicidade DOOH.
DOOH em tempos de mudança
Apesar do DOOH, Digital-Out-Of-Home, ter tido uma performance melhor do que o OOH, Out-Of-Home, devido à facilidade de adaptação e gestão de conteúdos, ainda foram vários os desafios enfrentados com cancelamentos de eventos, reagendamentos, confinamentos…
Enquanto já se perspetiva a recuperação da indústria OOH, a pandemia realçou as vantagens do DOOH. Isto acontece porque este tipo de publicidade digital é ágil e dinâmica, permitindo aos anunciantes criar e adaptar o seu conteúdo em tempo real.
O impacto do DOOH nas vendas, durante o Covid-19, ainda está por descobrir. No entanto, sabemos que antes da pandemia, 7 em cada 10 clientes eram expostos à publicidade OOH. Neste momento, a média aumentou para 8 em cada 10 clientes, o que dá confiança aos anunciantes para investir no DOOH, com uma perspetiva de crescimento de 7 mil milhões de dólares entre 2020 e 2024, de acordo com um relatório da agência de análises de mercado SpendEdge.
O que 2020 nos ensinou
Para que possamos começar 2021 da melhor forma convém olharmos para o passado e perceber as grandes lições que 2020 nos trouxe. Assim, saberemos como prosperar nos próximos meses e nos próximos anos:
1. Usar soluções flexíveis
Num ambiente no qual não se pode controlar tudo, os investimentos devem de ser repensados para soluções flexíveis e dinâmicas. No mercado OOH muitos investimentos ficaram parados, concedendo força ao DOOH.
Os equipamentos de comunicação visual digital, por serem soluções flexíveis, adaptaram-se rapidamente a este contexto pandémico com a valência de poderem comunicar as recomendações de segurança, tal como continuar a comunicar os seus produtos/serviços.
No mesmo suporte de comunicação, poder-se comunicar num eixo informativo, promocional e até mesmo de entretenimento, é uma mais valia e sem dúvida um grande apoio para muitas empresas.
A lição é escolher soluções flexíveis que possam lidar com uma ampla variedade de casos de uso, conscientes que a mudança no mercado é constante.
2. O digital veio para ficar
Ainda havia dúvidas que o digital era o futuro? Pois bem, 2020 veio responder a esta questão de forma irrefutável.
Plataformas de takeway, de streaming e compras online são apenas alguns exemplos de crescimento durante o último ano. O destaque e a valorização do marketing digital em muitas empresas também são dados importantes para entender como vai ser o futuro.
Também não nos podemos esquecer do controverso teletrabalho. Amado por uns e odiado por outros, esta nova forma de trabalhar à distância do espaço físico da empresa altera paradigmas e proporciona novas funcionalidades aos colaboradores.
O Digital é o presente e quem não acompanha esta evolução fica em desvantagem no mercado.
3. Uma crise gera inovações rápidas
Perante mudanças repetidas e reformulação de estratégias surgem inovações rápidas. No ano de 2020 muitos empreendedores surgiram com criações e previsões a curto prazo solucionando problemas da atualidade pandémica.
4. Não se pode controlar tudo
Os planos delineados para o último ano tiveram de ser alterados sem aviso prévio. O surto pandémico alterou rotinas e obrigou a que várias empresas restruturassem o seu plano de ação.
Não se pode controlar tudo, mas manter uma atitude otimista é o primeiro passo para o sucesso. Reformular estratégias e acompanhar a evolução é essencial para se chegar aos objetivos pretendidos.
5. Interação com o público é fundamental
A grande mudança de 2020 foram as relações interpessoais. Com grandes restrições de ajuntamentos, o relacionamento entre pessoas ficou condicionado.
Mais do que nunca, deu-se uma importância diferente a pequenos gestos como um simples abraço. Espetáculos foram adiados e ações de marketing direto foram canceladas.
O fenómeno português das redes sociais é atribuído a Bruno Nogueira com a rubrica “Como é que o Bicho Mexe?”, com cerca de 175 mil visualizações e interações do público com o humorista em tempo real, no Instagram. Estes números indicam uma preferência em ações interativas que sejam mais humanas e próximas da sua realidade.
No mercado publicitário, este insight é fundamental pois o DOOH permite a criação de conteúdos em tempo real e muito mais próximos das expetativas do público. Um olhar mais humanizado faz toda a diferença.
O ano de 2020 foi um grande desafio para todos nós, mas, mais do que isso, uma aprendizagem.
